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  • Foto do escritorNativa FM

Mato Grosso do Sul tem 1 leito em hospital para cada 600 mil pessoas, mostra Ministério da Saúde

Atualizado: 7 de mai.


Assim como todos os anos, Mato Grosso do Sul vive mais um surto de síndromes respiratórias com unidades de saúde e hospitais lotados. Nesse momento, todo mundo se pergunta sobre a capacidade hospitalar do Estado e a realidade é que existe apenas um leito em hospital para cada 607 mil pessoas.


A realidade é que Mato Grosso do Sul está longe de seguir o que é recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Conforme dados do Ministério da Saúde, atualmente são 6.690 leitos existentes em todo o Estado, dos quais 4.556 leitos são de atendimento público, via SUS.


Mesmo com aumento de 481 leitos SUS nos últimos dez meses, o número de leitos disponíveis em hospitais que atendem SUS está muito aquém do necessário para atender os 2,8 milhões de habitantes.


Detalhamento do Ministério da Saúde mostra ainda que, em Mato Grosso do Sul são 1.586 leitos cirúrgicos existentes, sendo 1.048 que atende SUS. Em relação a leitos clínicos são 2.272 leitos e 1.503 que atende SUS. Em relação a leitos obstétricos, são apenas 554 atendendo SUS no Estado e apenas 490 leitos pediátricos SUS.


Importante lembrar que de todos os leitos hospitalares em Mato Grosso do Sul, nenhum é municipal de Campo Grande. Isso porque a Capital não tem nenhum hospital para atender os 898 mil habitantes e, para atender a demanda de pacientes em períodos críticos, afirma que estrutura as Upas (Unidade de Pronto Atendimento).


Só em 2024, as síndromes respiratórias levaram 1.136 pessoas para internações em Campo Grande, segundo dados do painel de monitoramento da Sesau. Devido ao avanço nos casos, em abril, a prefeitura de Campo Grande declarou situação de emergência em saúde e reforça a necessidade de vacinação contra a influenza.


Em setembro de 2023, a prefeitura anunciou a construção de um Complexo Hospitalar Municipal que contará com 250 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A implementação da nova unidade será fruto de uma Parceria-Público-Privada (PPP) e o investimento previsto é de R$ 200 milhões. Mas ainda não há prazo para funcionamento.


Em entrevista ao Jornal Midiamax em setembro de 2023, o presidente do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcelo Santana estima que o número de leitos hospitalares deveria pelo menos dobrar, para atender a população com mais qualidade. “Imagino que considerando o que preconiza a OMS, precisaríamos ter em torno de 8 mil leitos hospitalares”, afirma.


As variáveis de fechamento de leitos com aumento populacional criam o cenário de superlotação e caos nos hospitais. Marcelo lembra que o último hospital inaugurado em Campo Grande foi o Regional, em 1997, o que mostra que em mais de 20 anos a Capital não abriu nenhum hospital com atendimento SUS.


Conforme a população cresce, precisamos ampliar o serviço. Campo Grande tem se tornado uma cidade com uma população considerável e temos apenas três hospitais, com atendimento público e que atendem toda a demanda do Estado. Temos uma carência no atendimento e precisamos ampliar a rede terciária”, afirma o presidente do Sindicato.


Com informações do Midiamax

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